“Redes de recrutamento de crianças para trabalhos de intercâmbio ocasional em Moçambique, principalmente nas comunidades supermetrópoles do país”, critica a Rede Criança.
A responsável titular da Rede Criança, Amélia Fernanda, diz que, por exemplo, na cidade de Maputo, algumas centenas de jovens participam na troca casual, uma formação que, sublinha, é uma violação inequívoca das liberdades das crianças.
“Ao nível da cidade de Maputo há adultos que se têm articulado em redes que asilam e aproveitam jovens para o acto de troca casual”, condenou o responsável da Rede Criança
Fernanda disse que, além de abusar das liberdades das crianças, o intercâmbio casual com menores também sustenta o padrão de carência, dando sentido ao fato de que, por causa da cidade de Maputo, crianças são matriculadas em alguns territórios moçambicanos por essas organizações.
Em todo o caso, os especialistas do governo esperam que a questão do trabalho infantil “seja excepcionalmente estressante”, demonstrando que cerca de 1.000.000 de jovens trabalham em Moçambique.
Marta Maté, do Serviço de Trabalho e Aposentadoria Apoiada pelo Governo, disse que as regiões com mais trabalho infantil são a mineração e o comércio casual, “mas também temos casos de associação de crianças em práticas de prostituição”.
Maté disse confiar que com o Plano de Actividades de Prevenção e Combate às mais horríveis formas de trabalho juvenil, a decorrer no país, a questão do trabalho infantil seja limitada.
O arranjo prevê, entre diversas medidas, a obrigatoriedade das pessoas que exploram o trabalho infantil, principalmente em suas estruturas mais precárias.
Para Marta Maté, os principais impulsionadores desta peculiaridade são financeiros e sócio-sociais, referindo que é na área casual que os jovens se articulam para o trabalho