A cidade de Maputo foi palco, no dia 18 de julho, da Cimeira Nacional da Juventude com o tema “Paz e Segurança: Diálogo sobre a Agenda de Paz e Perspectiva de Liderança da Juventude”. O evento, promovido pela Organização para a Promoção da Paz e Desenvolvimento Humanitário (ORPHAD), teve como lema “Diálogo da Juventude para Prevenção de Conflitos, Construção e Consolidação da Paz em Moçambique”.
Participação e Ações
A cimeira contou com a participação de aproximadamente 153 pessoas, incluindo 10 delegados pacificadores de todas as províncias do país. Estes delegados propuseram estratégias para a construção da paz e a inclusão da juventude na criação de uma agenda de paz e segurança.
Intervenções Principais
- Argentino Vatiua, Diretor Executivo da ORPHAD, destacou a importância de uma agenda nacional unificada para orientar os atores sociais.
- Adriano Maleiane, Primeiro Ministro em representação do Presidente da República, enfatizou a necessidade da participação de todos, especialmente da juventude, para a manutenção da paz.
- Jorge Ferrão, Reitor da Universidade Pedagógica, afirmou que a construção da paz vai além de reuniões e manifestações, exigindo aproveitamento de oportunidades e tecnologias.
- Quitéria Guirrengane, ativista do Observatório das Mulheres, defendeu uma abordagem multifacetada que valorize saberes locais e promova diálogo e responsabilização.
- Cristene António, representante da Plataforma Link Digital, sugeriu o uso consciente das tecnologias como ferramentas para a comunicação e ativismo pela paz.
- Dario Camal, jovem ativista, destacou o impacto do desemprego na juventude e defendeu maior participação política e social.
- Wilker Dias, da Plataforma Eleitoral Decide, argumentou que o nacionalismo e a inclusão da juventude nos órgãos eleitorais são essenciais para a construção da paz.
- Armando Mahumana, Líder da Juventude do partido Nova Democracia, e Ivan Mazanga, Líder da Liga Juvenil da Renamo, abordaram a importância do diálogo e da inclusão para a paz positiva.
- Silva Livone, Secretário-geral da Organização da Juventude Moçambicana, sublinhou a criação de condições para o bem-estar de todos, especialmente da juventude.
- Hélder Mutemba, escritor e ativista, propôs a transformação da segurança em valor social e a formação de moderadores comunitários.
- Egna Sidumo, académica e cientista política, sugeriu a necessidade de familiarização com os conselhos de segurança para direcionar petições de segurança.
- Constantino Andre, Vice-Presidente do Conselho Nacional da Juventude, e Géssica Macamo, cientista política, discutiram a aceitação das diferenças e o custo do diálogo constante para a paz.
- David Fardo, Presidente do Parlamento Juvenil de Moçambique, pediu maior comprometimento com as políticas juvenis.
- Iveth Mafundza, ativista dos Direitos Humanos, incentivou a juventude a se posicionar e construir um manifesto para a paz.
- Ester Pedro Uamba, do Conselho das Religiões de Moçambique, destacou a importância da fé no processo de paz.
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