Enquanto Nicolás Maduro se prepara para assumir mais um mandato presidencial, o líder opositor Edmundo González Urrutia intensifica sua busca por apoio internacional, alegando ter vencido as últimas eleições. A crise política na Venezuela se agrava com declarações polêmicas e movimentações estratégicas.
Nesta segunda-feira (6), González se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca. O encontro foi visto como um passo importante na tentativa de “restaurar a democracia” no país. Biden reforçou que os protestos convocados pela oposição para o dia 9 de janeiro serão acompanhados de perto e destacou que os venezuelanos têm direito de se manifestar sem medo de repressão.
Apoios internacionais e tensões diplomáticas
A campanha de González já passou por países como Argentina e Uruguai, com próximos destinos no Panamá e República Dominicana. Recentemente, ele recebeu apoio do presidente paraguaio Santiago Peña, o que levou Caracas a romper relações diplomáticas com Assunção.
Além disso, González também estaria em contato com equipes do ex-presidente Donald Trump, enquanto membros do governo atual e futuros aliados republicanos reforçam suas críticas ao regime de Maduro.
Maduro reage e reforça seu controle
Mesmo diante das críticas e acusações de fraude eleitoral, Maduro mantém a posição de que tomará posse no dia 10 de janeiro, respaldado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). As Forças Armadas, peça-chave para a manutenção do chavismo, rejeitaram categoricamente as declarações de González e prometeram agir contra qualquer tentativa de desestabilização.
Apoio popular e desafios internos
Enquanto isso, o povo venezuelano continua dividido. Protestos anteriores resultaram em dezenas de mortes e milhares de prisões, mas a oposição segue mobilizando seus apoiadores, agora com novas datas e esperanças renovadas.
Edmundo González, atualmente exilado na Espanha, prometeu retornar ao país e assumir a presidência, mesmo sob ameaça de prisão imediata. Ele também apelou às Forças Armadas para apoiar a transição, mas até agora encontrou resistência.
Apesar das incertezas, a oposição liderada por González e Corina Machado, outra figura central que vive na clandestinidade, insiste que o momento de mudança está próximo.
“A única forma de ser livre é vencendo o medo”, declarou Corina, que garantiu sua presença nos protestos históricos desta semana, mesmo sabendo dos riscos.
Conclusão
O cenário na Venezuela segue tenso, com a oposição ganhando força internacional enquanto enfrenta desafios internos gigantescos. As próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro do país, que há anos luta por estabilidade política e econômica.