No sábado, 15 de fevereiro de 2025, a polícia angolana dispersou um protesto em Luanda contra a fome, pobreza e desemprego, recorrendo a gás lacrimogéneo e efetuando várias detenções, segundo relatos de ativistas. A manifestação, promovida pela Unidade Nacional para Total Revolução em Angola (UNTRA), visava contestar o elevado custo de vida e exigir a construção de balneários públicos na capital. Os participantes reuniram-se no Mercado de São Paulo, com o propósito de marchar até ao Largo da Maianga. Apesar de os organizadores terem informado previamente as autoridades e assegurado que a mobilização seria pacífica, a polícia interveio para dispersar os manifestantes.
Este episódio ocorre num momento de crescente insatisfação social em Angola. Em novembro de 2024, milhares de cidadãos saíram às ruas de Luanda para protestar contra a fome, pobreza e desemprego, numa mobilização organizada pela Frente Patriótica Unida (FPU). Nesse ato, os manifestantes denunciaram a crise socioeconómica e a violação dos direitos humanos no país.
A repressão de protestos pacíficos por parte da polícia angolana tem sido uma prática frequente nos últimos anos, evidenciando as tensões entre o governo e setores da sociedade civil que reivindicam melhores condições de vida e respeito pelos direitos fundamentais.
Fonte: O País