A jornalista moçambicana Selma Inocência revelou nesta semana, através das redes sociais, ter sido vítima de um envenenamento deliberado com metais pesados, num episódio grave que quase lhe tirou a vida e deixou sequelas físicas permanentes.
“Fui envenenada. Não há forma fácil ou elegante de dizer isto”, escreveu Selma num desabafo comovente. “Fui deliberadamente exposta a uma combinação perigosa de metais pesados. Quase perdi a vida. Hoje, vivo com dores e limitações físicas.”
A denúncia gerou forte repercussão e reacendeu o debate sobre os riscos enfrentados por jornalistas em Moçambique, especialmente aqueles que se dedicam à investigação e denúncia de casos sensíveis.
Sem identificar os autores do ato, Selma foi firme ao afirmar que o atentado teve uma motivação clara: silenciá-la.
“Jornalismo não é crime, é meu dever. E continuarei a honrá-lo”, declarou, reforçando o seu compromisso com a verdade e a liberdade de imprensa.
Nos últimos anos, o ambiente para a comunicação social em Moçambique tem-se tornado cada vez mais hostil, com denúncias frequentes de intimidações, perseguições e agressões contra profissionais da área.
O caso de Selma Inocência serve como mais um alerta urgente para as autoridades e organizações de defesa da liberdade de imprensa no país.
📍 Fonte: Portal Moz New