🗓 Agosto 4, 2025
Depois de um professor ter sido afastado das suas funções por causa do penteado, um novo caso volta a acender o debate sobre discriminação e prioridades no sistema educativo moçambicano. Desta vez, uma criança da 2.ª classe foi impedida de frequentar as aulas pela mesma razão.
Segundo relatos de testemunhas e pais de alunos, a direcção de uma escola primária decidiu afastar um menor das aulas por apresentar um corte de cabelo considerado “inadequado”. A decisão foi tomada sem qualquer aviso prévio aos encarregados de educação ou tentativa de diálogo, o que gerou forte indignação nas redes sociais e entre sectores da sociedade civil.
“Será que o penteado é mais importante do que o direito à educação?”, questionam internautas e ativistas.
A repercussão foi imediata. Muitos usaram as redes sociais para criticar a decisão, ironizando que até figuras públicas como VM7 (Venâncio Mondlane) e DT7 (possivelmente Daniel Chapo) teriam de “cortar o cabelo” para não serem excluídas das suas funções — uma clara crítica à rigidez e ao absurdo da medida tomada.
Especialistas em educação e direitos humanos alertam para o perigo de decisões como esta, que não só violam o direito fundamental à educação, mas também reforçam padrões discriminatórios baseados em normas ultrapassadas de aparência. Em um país com desafios tão sérios no sector da educação — como a falta de recursos, salas superlotadas e altos índices de abandono escolar —, esse tipo de prioridade levanta sérias preocupações.
“O foco devia ser melhorar a qualidade do ensino, e não fiscalizar penteados”, defende um docente ouvido pela reportagem.
Enquanto o caso continua a gerar debate, muitos perguntam-se:
Quem será o próximo a ser excluído por não se enquadrar em normas visuais arbitrárias?
📌 Fonte: TV Sucesso