No dia 7 de agosto de 2022, o mundo do esporte perdeu um de seus maiores ídolos. Leandro Lo, multicampeão mundial de jiu-jitsu e referência internacional da modalidade, foi assassinado com um tiro à queima-roupa durante um show no Clube Sírio, em São Paulo. O autor do disparo foi Henrique Otávio Oliveira Velozo, tenente da Polícia Militar, que estava fora de serviço, armado, e com histórico de violência.
🔫 O Crime
De acordo com testemunhas e com a investigação policial, Leandro tentou conter Velozo após uma provocação dentro da balada, usando uma imobilização. Após se levantar, o PM sacou uma arma e atirou pelas costas do lutador. Leandro caiu ao chão, e Velozo ainda chutou sua cabeça, antes de fugir e se esconder em uma casa de prostituição.
A vítima, com apenas 33 anos, foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
⚖️ O Julgamento e a Tentativa de Justiça
Henrique Velozo responde por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, por ter colocado outras pessoas em risco e por dificultar a defesa da vítima. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
No entanto, o julgamento previsto para o dia 5 de agosto de 2025 foi suspenso após um bate-boca entre a defesa e o Ministério Público. O juiz dissolveu o júri e remarcou as sessões para os dias 12, 13 e 14 de novembro de 2025, alegando falta de condições para prosseguir com o julgamento.
A confusão teve início quando o advogado de defesa do PM, Cláudio Dalledone, insinuou que Leandro fumava maconha na noite do crime — o que não foi confirmado em laudos oficiais. O promotor João Calsavara e a família de Leandro consideraram a afirmação desrespeitosa e fora de contexto, já que a primeira testemunha ainda estava sendo ouvida.
Além disso, a defesa tentou usar fotos dos amigos de Leandro para alegar que o PM agiu em legítima defesa por se sentir intimidado.
👩👦 Família Abalada, Mas Firme
A mãe do atleta, Fátima Lo, emocionada, lamentou mais um adiamento:
“Só adiou o meu sofrimento. Está acabando comigo isso. Porque eu estava na esperança que dia 7, três anos da morte dele, ele iria começar a pagar, cumprir a pena dele. E não foi assim. Mas a justiça ainda vai vir.”
A irmã de Leandro, Flávia Lo, também se pronunciou:
“Fizeram um circo.”
💻 Tecnologia em Julgamento
Ambas as partes usaram animações gráficas e vídeos com Inteligência Artificial para ilustrar suas versões dos fatos.
- A acusação simulou o crime baseado em depoimentos, mostrando o PM sendo imobilizado, levantando-se, atirando pelas costas e chutando a cabeça de Leandro.
- A defesa produziu uma animação sugerindo que Leandro iniciou a agressão com um golpe conhecido como “baiana”, seguido de um mata-leão, alegando legítima defesa após supostamente perder a consciência.
👮 Situação Militar
Apesar de estar preso preventivamente, Velozo ainda recebe salário da PM — cerca de R$ 10 mil —, já que o processo que pode lhe retirar o posto e a patente ainda não foi concluído oficialmente, apesar de decisão da Justiça Militar de junho.
🥋 Quem foi Leandro Lo?
Leandro foi oito vezes campeão mundial de jiu-jitsu, com sua primeira conquista em 2012 e a última em 2022, na categoria meio-pesado. Dentro e fora dos tatames, era respeitado por sua humildade, alegria e espírito esportivo.
✊ Justiça por Leandro Lo
A comunidade do jiu-jitsu e os familiares seguem firmes exigindo justiça. O caso expõe a urgência de responsabilização de agentes armados que abusam do poder, mesmo fora do serviço.
“Não vamos descansar até ver justiça sendo feita” — Fátima Lo, mãe de Leandro.
📌 Próxima data do julgamento: 12, 13 e 14 de novembro de 2025
📍 Fórum da Barra Funda – São Paulo
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Fonte: G1