O Presidente da República da Guiné-Bissau recebeu, nos preparativos para as eleições gerais, o Chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Africana, Filipe Jacinto Nyusi, antigo Presidente de Moçambique, e o ex-Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan.
Durante os encontros, foram discutidos temas ligados ao acompanhamento do processo eleitoral, à importância da transparência e ao papel fundamental das missões de observação na consolidação da democracia no continente. Tanto Nyusi quanto Jonathan manifestaram total disponibilidade para apoiar o país, garantindo que as eleições decorram de forma pacífica, inclusiva e credível.
Umaro Sissoco Embaló, Presidente e candidato à sua própria sucessão, reafirmou o compromisso da Guiné-Bissau com eleições livres e justas, destacando o papel das organizações regionais e internacionais neste momento decisivo para a estabilidade política nacional.
A presença de figuras de grande peso político, como Nyusi e Goodluck Jonathan, reforça a dimensão internacional do processo. No entanto, também suscita debates sobre a percepção pública de neutralidade. Em contextos politicamente sensíveis, qualquer gesto de proximidade entre observadores e o incumbente pode ser interpretado como sinal de alinhamento, afectando a confiança dos eleitores na imparcialidade das missões.
Assim, torna-se essencial manter o equilíbrio entre diplomacia e distanciamento institucional para que a participação destes ex-presidentes contribua efectivamente para a credibilidade do processo eleitoral — e não para a sua contestação.
Fonte: maioresfas