A Procuradoria-Geral da República de Moçambique aplicou o Termo de Identidade e Residência a Venâncio Mondlane, acusado de incitação à desobediência coletiva. Com essa medida, Mondlane está proibido de sair do país por cinco dias sem comunicar às autoridades competentes.
A decisão foi tomada após uma audiência de quase dez horas na Procuradoria, onde Mondlane se manifestou sobre sua situação. Ao sair do local, ele afirmou não saber a natureza exata da acusação contra ele: “Não me foi dito a base da minha acusação. A tipologia do crime ainda não conheço”, disse.
Durante a audiência, Mondlane fez várias alegações sobre as manifestações que resultaram em saques e vandalismos, atribuindo a responsabilidade à ação da polícia. Ele afirmou que a polícia teria convocado a população faminta para saquear, descrevendo os acontecimentos como uma “armadilha da polícia”. Segundo Mondlane, a responsabilidade pelos incidentes recai sobre os agentes da polícia, que, segundo ele, praticaram vandalismo para seu próprio benefício.
Além disso, Mondlane pediu que a Procuradoria-Geral da República investigasse os casos e convocasse o ex-comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, para esclarecer os fatos.
Por fim, Dinis Tivane também foi notificado pela Procuradoria-Geral da República e deverá comparecer na sexta-feira.

Fonte: TV Miramar