Moçambique Considera Introduzir Milho Geneticamente Modificado para Aumentar a Produção Agrícola

Recentemente, o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique recomendou a adoção de sementes de milho geneticamente modificado, visando resistência a pragas e tolerância à seca. Esta medida é parte de um esforço para melhorar a produção agrícola, especialmente diante dos desafios enfrentados devido às mudanças climáticas.

Zélia Menete, diretora-geral do Instituto, justificou a pesquisa, apontando a necessidade de melhorar o rendimento do milho, que atualmente está abaixo dos padrões internacionais. Ela enfatizou que essa mudança não é inédita em Moçambique, já que o país importa muitos produtos geneticamente modificados da África do Sul.

Por mais de uma década, o Instituto vem realizando estudos para melhorar geneticamente o milho, com foco na resistência a pragas e na tolerância à seca. Pedro Fato, especialista envolvido nesses estudos, esclareceu que as novas sementes mantêm as mesmas características nutricionais que as convencionais.

No entanto, a liberação dessas novas sementes depende da aprovação da Autoridade Nacional de Biossegurança. O seu uso seria opcional para os agricultores. Até agora, os testes indicam um rendimento maior em comparação com as variedades tradicionais de milho.

Essa pesquisa não é exclusiva de Moçambique e está sendo conduzida em outros países africanos, como África do Sul, Quênia e Nigéria. O objetivo é aumentar a produtividade agrícola e enfrentar os desafios decorrentes da seca cada vez mais frequente.

O milho é um dos principais cereais cultivados em Moçambique e desempenha um papel crucial na dieta alimentar da população, especialmente nas áreas rurais. A introdução de variedades geneticamente modificadas pode representar um passo significativo para melhorar a segurança alimentar e impulsionar a agricultura no país.

Author: Admin

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